O assunto que será abordado aqui é sem dúvida algo crítico e sempre polêmico, e me permito dizer que é deste tipo de assunto que eu gosto mais de comentar, discutir e trocar ideias, pois são estes o mais interessantes e ao mesmo tempo evitados.
Eu li este artigo na revista e imediatamente pensei em postar um trecho importante no meu blog por este abordar tantas opiniões com as quais me identifico e proporcionar uma oportunidade de "mudança de velhos conceitos" para quem a ler.
O trecho seguinte é do texto "Fé e Insensatez" da edição de setembro de 2010 da revista Scientific American, por Lawrence M. Krauss :
" De forma surpreendente, a maior hesitação para se pronunciar vem, muitas vezes, daqueles que deveriam estar mais preocupados com o silêncio. Em maio, participei de uma conferência sobre políticas públicas e científicas em que o tom de debate foi dado por um representante da Pontíficia Academia de Ciências do Vaticano. Quando o questionei sobre como conciliava suas visões razoáveis sobre ciência com as atividades injustas e, ocasionalmente, absurdas da Igreja- desde falsos argumentos sobre preservativos e aids na África até pedofilia entre os clérigos -, fui acusado de intolerância por vários oradores.
Os líderes religiosos precisam ser responsabilizados por suas ideias. Recentemente no Arizona a irmã Margaret McBride autorizou um aborto legal para salvar a vida de uma mãe de 27 anos, com 4 filhos, que estava na 11ª semana de gestação e sofria de graves complicações. A religiosa tomou a decisão após consultar a família da mãe, e mesmo assim o bispo Thomas Olmsted a excomungou, declarando que "não se pode optar pela vida da mãe em prejuízo á criança". Em uma situação normal, um homem que impiedosamente deixa uma mulher morrer deixando 4 filhos órfãos seria considerado um monstro; isso não deve ser diferente só porque ele é um sacerdote.
Na campanha para governador do Alabama, um anúncio atacou o candidato Bradley Byrne, em razão de seu suposto apoio ao ensino da teoria da evolução. Preocupado com seu futuro político, Byrne achou melhor negar a acusação.
Manter a religião imune á crítica é injustificável, além de perigoso. A menos que estejamos dispostos a evidenciar a irracionalidade religiosa sempre que ela surgir, encorajaremos uma política pública irracional e promoveremos a ignorância, em detrimento da educação de nossas crianças. "